terça-feira, 10 de maio de 2022

Catarina
















Pela terceira vez, no mais íntimo dos colos, em ninho feito de mar, um proto-coração embrionário convidou-me a amar. Aceitei. Eras tu. Entreguei-me aos teus sentidos e deixei-me ser, de novo, aprendiz de tal força da natureza. Foste paixão em modo rupestre, arte indelével em corpo prenhe, gente em construção, vontade inteira, novidade, revolução.

De mim partiste para a mim chegares, num 10 de Maio inicial, inteiro e limpo, lembrando a liberdade de Sophia. Chamei-te Catarina, o nome do meu ninho, feito de amor. Sem rede ou livro de instruções, fizemo-nos ao caminho. Passo a passo, mão na mão, abraço a abraço, falhando cada vez melhor. És agora todos os géneros literários, com luz própria, num mundo ainda por conquistar.   


FC/Maio2022

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